Um Lugar Chamado "Inspira" com Patricia Acioli


Por Rizzo Miranda

Hoje é dia da minha segunda convidada do “Inspira”, este espaço com duas perguntas que criei aqui para compartilhar com minha rede um pouco (muito!) de pessoas que admiro. Patricia Acioli tem uma percepção do mundo muito especial. Olha e reage ao seu redor com a inteligência de uma verdadeira antena da raça, pegando o conceito do Ezra Pound. Tem uma velocidade de pensamento incrível. E um humor sensacional. E se expressa fácil sobre o que sente e pratica. Adoro! Lidera Relações Corporativas, Estratégias de Engajamento de Stakeholders e Governança de Sustentabilidade na Scania Group. Agradecida por nos inspirar, Pati!

Rizzo:
Você está sempre trazendo incríveis depoimentos pessoais para cá e os conecta com o seu trabalho e como isso resulta na sua jornada integrada. É fato que essa mistura ficou cada dia mais complexa. Mas como lidar com isso na rotina de uma grande empresa como a sua? O que determina o melhor e o mais desafiante desse caminho?

Patrícia:
Meu trabalho é minha obra. É o que vou deixar e por isso não tenho peso em integrar minha vida pessoal nesta jornada. E sim, a rotina é corrida, mas não é um sacrifício. Tento lidar com graça, longe da perfeição - e olha, estou ficando boa nisso. O erro liberta a gente. Até pra quem não está no ambiente corporativo, equilibrar a vida e fazer escolhas não é fácil. E como diz Roberto, se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi. Minha regra de ouro: leve as coisas menos no absoluto e mais no relativo, menos definitivo e mais provisório.

Rizzo:
Liderança criativa vai muito além de fazer mais com menos e você está na liderança ampla de uma empresa e o mundo dos líderes virou uma série de câmeras, nem sempre abertas, no Teams. Está nascendo efetivamente um perfil novo de como liderar times e se relacionar com seus parceiros de trabalho? O que você considera essencial?

Patrícia:
Penso que existem vários tipos de liderança, uma delas tem como objetivo inspirar, sobem no palco, escrevem um texto ou gravam um vídeo e suas vozes arrastam multidões e corações. Mas tem a liderança do dia a dia, do trabalho paciente de desenvolver pessoas - é um jogo de um a um. São papéis complementares na formação de equipes e na geração de impacto. Fundamental para mim são: o olhar altruísta, o senso de colaboração e a mágica de enxergar o indivíduo e o grupo. E a coragem de ter atritos e fricções. Relações são também feitas disso.

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